Maya Deren (1917-61)




“The task of cinema or any art form is not to translate hidden messages of the unconscious soul into art but to experiment with the effects contemporary technical devices have on nerves, minds or souls”





Cineasta, teórica do cinema, dançarina, cenógrafa, escritora e fotógrafa, Eleanora Derenkovskaya, nascida no ano de 1917, é uma das figuras mais marcantes do chamado cinema experimental. Formada em jornalismo e ciência política, interessou-se desde cedo pelo cinema, mas realizou o seu primeiro filme, Meshes of the Afternoon, apenas em 1943 em conjunto com o seu segundo marido, Alexander Hammid. Nos anos posteriores, Maya Deren desenvolveu diversos trabalhos, quase sempre em formato de curta-metragem, como At Land (1944) e Ritual in Transfigures Times (1946), tendo como marca própria a exploração das possibilidades da montagem na percepção do tempo e do movimento, bem como uma atmosfera ritualista e onírica.
Para além da influência estilística que os seus filmes tiveram ao longo da história do cinema (David Lynch é um exemplo), marcaram também pelo carácter independente, que punha em prática a sua posição teórica em relação ao monopólio de Hollywood (“I make my pictures for what Hollywood spends on lipstickMaya Deren), que considerava como uma ameaça ao carácter artístico do cinema. Maya Deren escrevia, realizava, representava, editava e distribuía os seus prórpios filmes, promovendo-os através de palestras nos Estados Unidos, Canadá e Cuba, tornando-se numa figura incontornável no cinema enquanto expressão artística .

Filmografia:
Meshes of the afternoon (1943)
At Land (1944)
A Study in Choreography for Camera (1945)
Ritual in Transfigured Time (1946)
The Private Life of a Cat  (1947)
Meditation on Violence (1948)
The very Eye of Night (1952-55)
Divine Horsemen: The Living Gods of Haiti








"The task of cinema or any art form is not to translate hidden messages of the unconscious soul into art but to experiment with the effects contemporary technical devices have on nerves, minds or souls" 
Filmmaker, film theory, dancer, set designer, writer and photographer, Eleanora Derenkovskaya, born in 1917, is one of the most remarkable of the so-called experimental films. With a degree in journalism and political science, she became interested in early cinema, but directed her first film, Meshes of the Afternoon, only in 1943 together with her second husband, Alexander Hammid. In later years Maya Deren developed a number of work, almost always in short films as At Land (1944) and Ritual in Transfigure Times (1946), allways exploring the possibilities of editing, manipulating the perception of time and movement, as well as a ritualistic and dreamlike atmosphere. In addition to the stylistic influence that her movies have had over the history of cinema (David Lynch is one example), they are also marked by the independent character, putting into practice Deren´s theoretical position relatively to the monopoly of Hollywood ( "I make my pictures for what Hollywood Spends on lipstick "Maya Deren), that she considered a threat to the artistic nature of cinema. Maya Deren wrote, performed, edited and distributed her own films, promoting them through lectures in the United States, Canada and Cuba, and became an inescapable figure in the film as artistic expression


The Vaselines







Most favorite songwriters in the world.”- assim se referia Kurt cobain dos The Vaselines, uma banda escocesa de que era grande fã e da qual os nirvana acabaram por fazer três covers: Son of a Gun, Molly´s Lips (inseridas em Incesticide), e Jesus wants me for a sunbeam (que faz parte do MTV Unplugged, com um nome ligeiramente diferente). Esta ligação com os Nirvana, acabou por dar a conhecer ao mundo uma banda que, sem essa ajuda talvez nunca tivesse sido descoberta (ou, pelo menos, demoraria um pouco mais a sê-lo) mas que, mesmo assim, permanece, lamentavelmente, um pouco esquecida.
Os Vaselines foram criados em Edimburgo no ano de 1987 por Eugene Kelly e Frances McKee, aos quais mais tarde se juntaram Charles Kelly na bateria e James Seenan no baixo. Tendo lançado apenas dois EPs, no final dos anos 80, e um álbum, em 1990, chamado Dum Dum têm, portanto, um repertório pouco extenso que se encontra reunido no recentemente lançado Enter The Vaselines. Son of a Gun foi o seu primeiro single e as suas musicas caracterizam-se por letras de temática sexual, cantadas por vozes doces e, muitas vezes, sobre um fundo de guitarras barulhentas, sendo notória a influência dos Velvet Underground
Os The Vaselines acabaram na semana em que foi lançado o álbum de estreia, apenas quatro anos após a sua formação. Com o final do projecto, Eugene Kelly e Frances McKee, cada um por seu lado, acabaram por seguir carreiras musicais em outras bandas e a solo.
Em 2006, os dois membros fundadores do grupo, juntaram-se pela primeira vez em quase 20 anos numa digressão conjunta para promover os respectivos álbuns a solo, voltando a juntar-se já em 2008 para alguns concertos. A reedição do seu trabalho, no duplo Enter the Vaselines, é uma boa oportunidade para descobrir uma daquelas bandas...que vale a pena ouvir.













("Most favorite songwriters in the world." - That was said by Kurt Cobain about The Vaselines, a Scottish band whom he was big fan, and Nirvana had eventually covered three of their songs: Son of a Gun, Molly's Lips (inserted in Incesticide), and Jesus wants me for a sunbeam (which is part of MTV Unplugged, with a slightly different name). This link with the Nirvana eventually gave to the world a band that, without such help might never have been discovered (or at least take a little longer to be) but that still remains, unfortunately, a little forgotten.
The Vaselines were established in Edinburgh in 1987 by Eugene Kelly and Frances McKee, which later joined Charles Kelly on drums and Charly James on bass. With only two EPs in the late 80's and one album in 1990 called Dum Dum therefore have a small repertoire that is assembled in the recently released Enter The Vaselines. Son of a Gun was the first single and their songs are characterized by sex-themed lyrics, sung by sweet voices and often against a background of loud guitars, and The influence of the Velvet Underground.
The Vaselines ended the week it was released the debut album, just four years after its formation. With the end of the project, Eugene Kelly and Frances McKee, each one in turn, eventually pursue careers in music bands and solo.
In 2006, two founding members of the group gathered for the first time in nearly 20 years on a joint tour to promote their solo albums, returning to join in 2008 for concerts. A reprint of their work, the double Enter the Vaselines, is a good opportunity to discover one of those bands ... it's worth listening to.)

Georges Mélies

Quando o cinema deu os seus primeiros passos, Mélies era um ilusionista profissional que se interessou pela recém-nascida sétima arte, formou a companhia cinematográfica Star-Films e tornou-se num dos cineastas mais importantes naquilo que foi o desenvolvimento do cinema enquanto expressão artística. As experiências que fez nos mais de 500 filmes realizados e, muitas vezes interpretados, por si estão intimamente relacionadas com o seu trabalho de ilusionista, uma vez que transportou para o ecrã a fantasia dos espectáculos de magia, aproveitando as potencialidades técnicas do cinema enquanto criador de ilusões. Entre as técnicas de efeitos em que foi pioneiro, encontram-se as trucagens, as exposições múltiplas e variadas ilusões de óptica que estão na origem dos efeitos especiais no cinema.
O filme que o tornou célebre foi Le Voyage Dans La Lune (1902), vagamente baseado nos livros Da Terra à Lua de Julio Verne e O Primeiro Homem na Lua de H.G. Wells , que conta a história de um grupo de cientistas que constroem um foguetão em forma de bala e viajam até à Lua, descobrindo que ela é habitada por seres hostis denominados Selenitas e conseguem regressar à Terra, onde são recebidos como heróis por uma parada em sua honra .
Le Voyage Dans La Lune é uma curta-metragem, excepcionalmente longa para a época, uma vez que, na altura, predominavam os pequenos clips de alguns minutos que, ao contrário dos filmes realizados por Mélies, retratavam pequenas situações quotidianas (como por exemplo a chegada de um comboio ou a refeição de um bebé) e pretendiam ser um espelho da realidade, explorando a captação do movimento que, afinal, foi a sua grande inovação enquanto avanço científico. Le Voyage Dans La Lune, e os restantes filmes de Mélies, vieram apontar um novo caminho em direcção à criação de uma linguagem artística cuja capacidade de captar a dimensão temporal lhe permite a construção de uma narrativa. Apesar de ainda se apoiar no dispositivo teatral em que a câmara é fixa num plano frontal estático, como se estivéssemos perante um palco, e de a história progredir através de uma sucessão de planos, ou seja, apesar de não existirem grandes inovações a nível da montagem ou da linguagem dos planos, os filmes de Mélies em geral, e La Voyage Dans La Lune em particular, abriram novas portas ao cinema e deram origem ao cinema de ficção em geral e a géneros como a fantasia, o terror e a ficção cientifica em particular, com os seus efeitos especiais e cenários fantásticos, bem como a imagens iconográficas da história da sétima arte, como a do foguetão a aterrar no olho da lua.

(When the film took its first steps, Mélies was a professional magician who became interested in newborn seventh art, formed the film company Star-Films and became one of the most important filmmakers in what was the development of cinema as artistic expression . The experiences made in over 500 films and often interpreted by himself are closely related to his work as a magician, since he moved to the screen the fantasy of magic shows, using the technical capabilities of the movie maker illusions. Among the techniques he pioneered, are the "trickery"(?), the multiple exposures and various optical illusions that are the source of the special effects in movies.
The film that made him famous was Le Voyage Dans La Lune (1902), loosely based on the books the Earth to the Moon by Jules Verne and The First Man on the Moon by HG Wells, who tells the story of a group of scientists who build a bullet-shaped rocket and travel to the moon, discovering that it is inhabited by hostile beings called Selenites and then can return to Earth, where they are greeted as heroes by a parade in their honor.
Le Voyage Dans La Lune is a short film, exceptionally long for that age, since at the time dominated small clips of a few minutes that, unlike the films made by Méliès, portrayed small everyday situations (such as arrival of a train or a meal from a baby) and claimed to be a mirror of reality, exploring the motion capture, after all, it was his breakthrough as a scientific breakthrough. Le Voyage Dans La Lune, and the other Mélies films came to appoint a new path towards the creation of an artistic language whose ability to capture the temporal dimension allows you to build a narrative. While still supporting the theatrical device in which the camera is fixed in a static frontal plane, as if we were dealing with a stage, and the story progress through a succession of plans, although there are no major innovations at the montage language of the plans, Mélies films generally, and La Voyage Dans La Lune in particular, have opened new doors to the cinema and originated to fictional cinema in general and fantasy, horror and science fiction in particular with its special effects and fantastic scenery, and the iconographic images of the history of the cinema, such as the rocket landing in the eye of the moon.)






L'homme-orchestre (1900)DOWNLOAD
Les cartes vivantes (1904) DOWNLOAD
Le locataire diabolique (1909) DOWNLOAD
Barbe bleu (1901) DOWNLOAD
Les affiches en goguette (1905) DOWNLOAD
L'Inpressionniste fin de siècle (1899) DOWNLOAD
Le Mélomane (1903) DOWNLOAD
Sorcellerie culinaire (1904)
DOWNLOAD
Le diable noir (1905) DOWNLOAD
Mobilier Fidele (1910)DOWNLOAD
Le Roi du Maquillage (1904)DOWNLOAD
Le monstre (1903) DOWNLOAD
Le tripot clandestin (1905) DOWNLOAD
L'Éclipse du soleil en pleine lune (1907) DOWNLOAD
Un homme de têtes (1898) PARTE1 - PARTE2
L'homme à la tête de caoutchouc (1901)
DOWNLOAD
Le chaudron infernal (1903)
PARTE1 - PARTE2
La Colle Universelle (1907)
DOWNLOAD
Le Voyage à travers l'Impossible (1904)
PARTE1 - PARTE2
Le voyage dans la lune (1902)
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ASCII History of Moving Images (1998)


Na obra de arte digital, ASCII A History of Moving images, o artista eslovenoVuk Cosic converte excertos de filmes e séries clássicos como Couraçado Potemkine, Blow Up, Psycho, Star Trek e Deep Throat em clips de animação em que cada fotograma é transformado numa imagem constituída por caracteres ASCII em vez de pixéis para dar forma a figuras e sombras, transformando as imagens filmadas em novos fotogramas que faz correr numa sucessão rápida.

O código ASCII (American standard Code for Information Interchange), desenvolvido a partir da linguagem telegráfica e utilizado desde 1963, serve-se de um conjunto de números correspondentes a letras e símbolos, permitindo trocar texto escrito em inglês entre diferentes sistemas de computador. A sua utilização para simular imagens era bastante comum quando os computadores não tinham capacidade gráfica. Vuk Cosic eleva-a a um outro nível ao dar-lhes movimento, recriando cenas icónicas da história do cinema e da televisão. Esta obra é, ainda, um exemplo de apropriação e reinterpretação, uma estratégia artística comum na arte digital, em que as novas tecnologias proporcionam um meio fácil de encontrar e modificar imagens, sons, textos, etc.

Formado em arqueologia, este artista explorou a estética das tecnologias antiquadas, numa abordagem arqueológica dos média, e utilizou os caracteres ASCII em vários outros trabalhos, entre 1996 e 2001, tais com ACSII History of Art for the Blind. (“Tento olhar para o passado e melhorar alguma tecnologia marginalizada ou esquecida”). Vuk Cosic é um dos pioneiros de uma geração de artistas que começou a abordar a internet como um meio próprio, um novo espaço onde se pode intervir artisticamente, fazendo uso das tecnologias emergentes e explorando as suas possibilidades estéticas, culturais e políticas. Devido à ligação com a internet que possibilitou a criação de comunidades sem entraves geográficos, este foi um movimento global, uma resposta à globalização cultural e económica, que esteve relativamente isolado do mundo da arte até 1997, quando foi incluído pela primeira vez na exposição documenta X.


(In the work of digital art, ASCII A History of Moving images, the artist Vuk Cosic converts excerpts from films and classics like Battleship Potemkin, Blow Up, Psycho, Star Trek and Deep Throat in clips of animation where each frame translated consists of ASCII characters instead of pixels to form figures and shadows, making the images filmed in new frames that are run in rapid succession.
The ASCII (American Standard Code for Information Interchange), developed from telegraphic language and used since 1963, serves up a set of numbers for letters and symbols, allowing exchange text written in English between different computer systems. Its use to simulate images was quite common when computers had not graphics. Vuk Cosic elevates it to another level by giving them motion, recreating iconic scenes in film history and television. This work is also an example of appropriation and reinterpretation, an artistic strategy common in digital art, where new technologies provide an easy way to find and modify images, sounds, text, etc..
Degree in archeology, it explored the aesthetics of dated technology in archaeological approach of the media, and used the characters in several other studies, between 1996 and 2001, with such ACSII History of Art for the Blind. ( "I try to look back and improve some technology marginalized or overlooked"). Vuk Cosic is one of the pioneers of a generation of artists who started to address the Internet as a medium itself, a new space where we can intervene artistically, making use of emerging technologies and exploring its aesthetic, cultural and political possibilities. Because of the connection to the internet that led to the creation of communities without geographic barriers, it was a global movement, a response to economic and cultural globalization, which was relatively isolated from the art world until 1997 when it was first included in the explanatory Documenta X.)

Cabaret Voltaire


“ Cabaret Voltaire. Com este nome formou-se um grupo de jovens artistas e escritores que têm por objectivo criar um centro de entretenimento artístico. A ideia do cabaret consiste em ter apresentações diárias de convidados, fazendo performances artísticas e lendo as suas obras. Os jovens artistas de Zurique, quaisquer que sejam as suas tendências, estão convidados a comparecer com sugestões e contribuições de todo o tipo.”

Este é o comunicado de imprensa para a noite de estreia do Cabaret Voltaire, café-cabaret fundado em Zurique no ano de 1916, por Hugo Ball e Emmy Hennings. Vindos de Munique, onde de inspiraram nos cafés-cabaret muito populares nessa cidade, emigraram para a Suiça fugidos da Primeira guerra mundial (Hugo Ball era desertor do serviço militar).

A noite de estreia do Cabaret Voltaire, no dia 5 de Fevereiro de 1916, foi um sucesso que se estendeu pelas semanas seguintes, dando lugar ás mais variadas e loucas apresentações. Tornou-se um espaço de experimentação, onde os artistas colaboraram para criar novas linguagens e formas de expressão das ideias e onde surgiram conceitos como o de poema simultâneo, poema sonoro e Dada (no Cabaret Voltaire foi escrito o Manifesto dadaísta).

Foi também um espaço controverso, no qual não existiam complexos em exprimir o desprezo pela época em que se vivia, bem como por algum do público que lá passava. Foi precisamente este grupo de artistas, do qual fizeram parte, ainda, Marcel Janco, Richard huelsenbeck, tristan Tzara e Jean Arp, e as suas performances no Cabaret Voltaire, inicialmente sem pretensão absolutamente nenhuma a criar uma nova estética ou movimento, que vieram a dar origem a uma das vanguardas artísticas mais influentes do século XX.


“No palco de uma taberna festiva, multicolorida e heterogénea, vêm-se várias figuras peculiares e bizarras representando Tzara, Janco, Ball Huelsenbeck, madame Hennings e este vosso humilde servo. Um pandemónio total. As pessoas á nossa volta gritam, riem ás gargalhadas e gesticulam. As nossas respostas são suspiros de amor, saraivadas de soluços, poemas, mugidos e miados de bruitistas medievais. Tzara balança as nádegas como se estas fossem o ventre de uma dançarina oriental. Janco toca um violino invisível, arqueando e arranhando. Madame Hennings, com rosto de madona, está em posição de espargata. Huelsenbeck bate sem parar no grande tambor, com Ball a acompanha-lo ao piano, pálido como um fantasma. Deram-nos o título honorário de niilistas”

1) Cabaret Voltaire. Quadro de marcel janco e texto de Jean Arp (1916)





1) Hugo Ball declamando o poema sonoro Karawane (1916). Ball colocava os seus textos em suportes de pauta espalhados pelo palco e lia-os alternadamente durante a performance, erguendo e baixando as “asas” de papelão do seu fato.





1) Emmy Hennings, artista de cabaret profissional era, muitas vezes, a estrela do Cabaret Voltaire, concebendo novas obras diariamente.

(

"Cabaret Voltaire. With this name was formed a group of young artists and writers who seek to create a center for artistic entertainment. The idea of the cabaret is to have its daily guests, performing arts and reading their works. The young artists of Zurich, whatever their tendencies are invited to attend with suggestions and contributions of all kinds. "
This is the press release for the opening night of Cabaret Voltaire, cabaret-café founded in Zurich in 1916, by Hugo Ball and Emmy Hennings. Coming from Munich, where's the coffee-inspired cabaret very popular in this town, emigrated to the United States escaped the First World War (Hugo Ball was a deserter from military service).

The opening night of Cabaret Voltaire, on 5 February 1916 was a success that lasted for weeks, giving rise to the most varied and crazy performances. It became a space of experimentation, where artists collaborated to create new languages and forms of expression of ideas and concepts which emerged as the poem of the same time, sound poetry and Dada (the Dadaist Manifest was written in Cabaret Voltaire ).

It was also a controversial area in which there were complex to express contempt for the time they lived, and by some of the public who went there. It was precisely this group of artists, which took part, also, Marcel Janco, Richard Huelsenbeck, Tristan Tzara and Jean Arp, and their performances at the Cabaret Voltaire, initially without absolutely no intention to create a new aesthetic or movement, which came to give rise to one of the most influential artistic avant-gardes of the twentieth century.



"In the tavern scene of a festive, colorful and diverse, you see several peculiar and bizarre figures representing Tzara, Janco, Huelsenbeck Ball, Madame Hennings and that your humble servant. A total pandemonium. People around us cry, laugh to laugh out loud and gesticulate. Our replies are sighs of love, volleys of hiccups, poems, mooing and meowing of Bruitist medieval. Tzara balance the buttocks as if they were the belly of an Oriental dancer. Janco play an invisible violin, bowing and scraping. Madame Hennings, with Madonna's face, is the splits position. Huelsenbeck chat endlessly on the great drum, with Ball accompanying him on piano, pale as a ghost. We were given the honorary title of nihilists "

1) Cabaret Voltaire. Table of Marcel Janco and text by Jean Arp (1916)

2) Hugo Ball reciting the poem sound Karawane (1916). Ball put his writings on media staff around the stage and read them alternately during the performance, raising and lowering the wing of his cardboard fact.

3) Emmy Hennings, a cabaret artist's work was often the star of Cabaret Voltaire, devising new works every day.)

Dead Man



Em sequência a ter estreado recentemente o último filme de Jim Jarmusch, “The Limits of Control” - Os Limites do Controlo - na terra onde continuam à espera que aquele mau rei, D. Sebastião, volte numa manhã de nevoeiro, decidi escrever um pouco sobre outro filme do mesmo realizador, “Dead Man” - O Homem Morto.
Dead Man, uma longa-metragem de 1995 foi escrito e realizado por Jarmusch. Filmado inteiramente a preto e branco, conta no elenco com actores como Johnny Depp, Billy Bob Thornton, Gary Farmer e John Hurt, ou o músico Iggy Pop, sendo classificado como um “Western Ácido” pelo próprio realizador.
Johnny Depp desempenha o papel de William Blake, um contabilista de Cleveland que parte de comboio a caminho de uma cidade do interior para uma entrevista de emprego numa metalurgia. Ao chegar lá e a sua vaga ter sido já preenchida, falido e sem esperança, conhece uma ex-prostituta , Thel, que vende flores de papel. Esta ajuda-o levando o contabilista para sua casa. Entretanto o seu ex-namorado Charlie aparece e dispara sobre William Blake. Acabando por ficar só ferido devido a Thel se ter sacrificado por ele, mata Charlie e foge moribundo para ser perseguido por três caçadores de prémios contratados pelo pai de Charlie, o dono da metalurgia. Blake acorda com um enorme índio chamado Nobody (Ninguém) a tentar tirar a bala do seu peito. Quando Blake diz o seu nome, o índio confunde-o com o poeta-escritor iluminista com o mesmo nome.
Aclamado por muitos críticos como um dos melhores filmes dos anos 90, Dead Man é um filme a ver…





(In response to having recently premiered the latest film from Jim Jarmusch, "The Limits of Control" in the land where some continue to hope that the bad king, D. Sebastião, will turn back in a foggy morning, - tale from a portuguese young king lost in a battle - I decided to write a bit about another movie of the same director, "Dead Man" - The Dead Man.

Dead Man, a feature of 1995 was written and directed by Jarmusch. Shot entirely in black and white, to the cast with actors like Johnny Depp, Billy Bob Thornton, Gary Farmer and John Hurt, or the musician Iggy Pop, is classified as an "acid Western" by the director.

Johnny Depp plays the role of William Blake, an accountant from Cleveland that travels in a train to a small town for a job interview in metallurgy. Once there and his job was already filled, broke and hopeless, he meets a former prostitute, Thel, who sells paper flowers. This helps taking the officer to his house. However her ex-boyfriend Charlie appears and fires on William Blake. Eventually, he would only be hurt because of Thel to have sacrificed for him, kill Charlie and dying to escape being chased by three hunters premiums contracted by the father of Charlie, the owner of metallurgy. Blake wakes up with a huge Indian named Nobody trying to take the bullet from his chest. When Blake says his name, the Indian confused him with the poet-writer with the same name.

Hailed by many critics as one of the best films of the 90s, Dead Man is a movie to see ... )

Dali Atomicus







Esta fotografia de Philippe Halsman é resultado de uma colaboração, no final dos anos 40, entre o fotógrafo e o pintor paradigmático do movimento surrealista, Salvador Dali. O título é uma referência a uma obra de Dali, Leda Atomica (inacabada na altura), que pode ser vista na foto por trás dos gatos. A carreira de Philippe Halsman baseou-se, sobretudo, em retratos de celebridades, como Albert Einstein, Alfred Hitchcock , Picasso e Marilyn Monroe, para revistas como a Vogue e a LIFE.
Para Dali Atomicus, os dois artistas trabalharam juntos no conceito que pretendiam desenvolver, centrando-se na ideia de suspensão, inspirada na ascenção da era atómica, e utilizando, para explorá-la, três gatos, um jacto de água e vários objectos, para além do próprio Dali que foram capturados em pleno ar. O resultado final nada deve a truques de montagem, uma vez que o processo de produção passou, em vez disso, por uma rigorosa preparação em que, com a colaboração da mulher do fotógrafo e de dois assistentes, os gatos são atirados ao ar ao mesmo tempo que o conteúdo de um balde cheio de água é lançado na direcção do enquadramento e o pintor retratado salta. Quanto à cadeira, basta reparar que não é possível vê-la na totalidade para perceber (ahhhhhhh) que alguém a segura por uma das pernas e, por fim, os cavaletes com quadros de Dali encontravam-se presos por fios. A fotografia demorou seis horas a ser tirada, passando por vinte e oito tentativas que Philippe Halsman revelava no momento até atingir o ponto que aqui podemos ver.
Dali Atomicus foi imediatamente publicada na revista LIFE e atingiu uma grande popularidade, tornando-se um dos trabalhos mais conhecidos de Philippe Halsman e faz parte de uma colecção denominada “jumpology” em que o fotógrafo retratava os seus “alvos” em pleno salto, alegando que observando a fotografia de uma pessoa a saltar, tendo em conta que nesse momento é muito difícil fazer qualquer tipo de pose, é possível descodificar traços da sua personalidade.
Em 1954 foi lançado o livro Dali´s Moustache, que reúne exemplos da colaboração entre o pintor e Philippe Halsman como Dali Skull:





(This photograph by Philippe Halsman is the result of a collaboration in the late '40s, between the photographer and the paradigmatic painter of the surrealist movement, Salvador Dali. The title is a reference to a work of Dali, Leda Atomica (unfinished at the time), which can be seen in the photo behind the cats. The career of Philippe Halsman was based mainly on portraits of celebrities such as Albert Einstein, Alfred Hitchcock, Marilyn Monroe and Picasso, for magazines such as Vogue and LIFE.
For Dali Atomicus, the two artists worked together on the concept that sought to develop, focusing on the idea of suspension, inspired by the rise of the atomic age, and using, to exploit it, three cats, a jet of water and various objects, for beyond Dali himself been caught in midair. The end result is not the tricks of assembly, since the production process now, instead of a rigorous preparation in which, in collaboration with the photographer's wife and two assistants, the cats are thrown into the air at the same time that the contents of a bucket full of water is released towards the environment and the painter portrayed jumps. The chair, just notice that you can not see it at all to see (ahhhhhhh) someone holds it by one leg and, finally, easels with paintings of Dali were arrested by wires. The picture took six hours to be taken, going for twenty-eight attempts Philippe Halsman reveals the time to reach the point that here we can see.
Dali Atomicus was immediately published in LIFE magazine and achieved great popularity, becoming one of the best known works by Philippe Halsman and is part of a collection called "jumpology" where the photographer portrayed their "targets" in full jump, claiming noting that the photograph of a person to jump, given that this moment is very difficult to make any kind of pose, you can decode your personality traits.
In 1954 the book Dali's Mustache was released, with examples of collaboration between the painter and as Philippe Halsman Dali Skull: )






Doctor Who



Doctor Who, a mais longa série de ficção científica que existe, teve início no dia 23 de Novembro em 1963. Trata-se de uma série britânica produzida pela BBC que retrata a vida de um alien apelidado de “The Doctor” que viaja pelo espaço e pelo tempo na sua nave chamada TARDIS ( Time And RelativeDimension(s) In Space). A série esteve no ar até 1989 durante 26 temporadas e voltou em 2005, renovada, contando já com 4 temporadas. Existe, ainda, um telefilme exibido em 1996.



“Doctor Who?”
Esta é a pergunta que marca e dá nome à série. A personagem do Doctor é envolta em mistério e até hoje ninguém sabe o nome verdadeiro deste extraterrestre. Ao longo da série descobrimos que ele pertence à espécie dos “Time Lords” oriundos de Gallifrey, um planeta actualmente extinto da constelação de Kasterborous. Quase sempre viaja acompanhado por outros personagens que se tornam emblemáticos, muitas vezes do sexo feminino, e confronta inúmeros adversários dos quais podemos destacar os Daleks, os Cybermen e The Master. O último é o nemesis do Doctor, outro Time Lord renegado que fez a sua primeira aparição em 1971.
O papel de Doctor pertenceu primariamente ao actor William Hartnell mas quando este abandonou a série, os argumentistas introduziram o conceito de que sempre que o Doctor está prestes a morrer, o seu corpo possui a capacidade de se regenerar. Desde então, sempre que necessário o Doctor regenera-se e, neste momento, podemos contabilizar dez actores diferentes que desempenharam o papel que presentemente é interpretado por David Tennant.
A TARDIS tem (teria) a função de se camuflar como um camaleão, mediante o tempo/espaço em que se encontra, mas mantém até hoje o aspecto do primeiro episódio, uma cabine de polícia londrina dos anos 60, devido a uma avaria que acontece no segundo episódio.
Tornada numa série de culto ao longo dos anos, “Doctor Who” deu origem a spin-offs como Torchwood, que conta as aventuras de Captain Jack, e The Sarah Jane Adventures. Sarah Jane foi uma das muitas acompanhantes do Doctor.


P.S.: Muito mais poderia ser dito acerca desta fantástica série mas não me quero prolongar em demasia. Infelizmente muitos dos episódios perderam-se no tempo e são virtualmente irrecuperáveis, contudo grande parte do material pode ser encontrado em Sítios espalhados pela internet.

(Doctor Who, the longest series of science fiction began on November 23 in 1963. This is a British television series produced by the BBC that portrays the life of an alien nicknamed "The Doctor" who travels through space and time in his ship called the TARDIS (Time And Relative Dimension(s) In Space). The series was on air until 1989 for 26 seasons and returned in 2005, renewed, having already 4 seasons. There is also a TV movie aired in 1996.


"Doctor Who?"

This is the question mark and gives name to the series. The character of the Doctor is shrouded in mystery and until now nobody knows the real name of this alien. Throughout the series we discover that he belongs to the species of the "Time Lords" coming from Gallifrey, a planet now extinct in the constellation Kasterborous. Often is accompanied by other characters that have become emblematic, often female, and faced numerous opponents of which we highlight the Daleks, the Cybermen and The Master. The latter is the nemesis of the Doctor, another renegade Time Lord who made his first appearance in 1971.

The role of Doctor belonged primarily to the actor William Hartnell but when he left the series, the writers introduced the concept that when the Doctor is about to die, his body has the ability to regenerate. Since then, whenever necessary the Doctor regenerates itself and now we can count ten players who played the different role that is currently played by David Tennant.

The TARDIS has (had) the function of camouflage as a chameleon, through time and space in which it is, but still holds today the appearance of the first episode, a police booth in London 60 years due to a failure happens the second episode.

Made a series of worship over the years, "Doctor Who" has led to spin-offs such as Torchwood, which tells the adventures of Captain Jack, and The Sarah Jane Adventures. Sarah Jane was one of many companions of the Doctor.


PS: Much more could be said about this fantastic series but I do not want to extend too much. Unfortunately many of the episodes were lost in time and are virtually unrecoverable, but much of the material can be found at sites around the Internet.)

Four Eyed Monsters




Para um primeiro post resolvi começar por este filme pela sua genuinidade e carácter inspirador.
Four Eyed Monsters é um filme independente realizado por Susan Buice e Arin Crumley, dois jovens que resolveram utilizar a sua própria relação como matéria-prima para um projecto que lhes exigiu dois anos de dedicação incondicional. Susan e Arin são os principais responsáveis por todas as áreas da sua concepção, incluindo a representação deles próprios e a distribuição.
O filme inicia-se com uma introdução que nos apresenta o conceito e nos contextualiza no tão actual mundo das relações interpessoais mediadas pela internet. Ao longo dos seus 81 minutos, Four Eyed Monsters permite-nos acompanhar o desenrolar da relação amorosa entre os protagonistas que decidem comunicar um com o outro de todas as formas menos através da fala e com cujos dilemas, esperanças, medos e paranóias nos conseguimos identificar facilmente enquanto observamos a evolução da sua relação sentimental e criativa. O resultado final segue um pouco a linha de Tarnation, na medida em que cria um novo diálogo entre documentário e ficção.
Através do site oficial de For Eyed Monsters podemos assistir, ainda, a uma série de vídeos que Susan e Arin nos revelam não só o processo de criação do filme, como as vicissitudes da sua estreia no Festival Slamdance, até ao final da relação entre ambos, que funcionam como uma espécie de conclusão da história.


(For a first post I decided to start with this film for its authenticity and inspiring character.


Four Eyed Monsters is an independent film directed by Susan Buica and Arin Crumley, two young people who decided to use their own relationship as material for a project that has required two years of unconditional commitment. Susan and Arin are primarily responsible for all areas of design, including their own representation and distribution.

The film begins with an introduction that shows the concept and contextualizes the current world as interpersonal relations mediated by the Internet. Throughout its 81 minutes, Four Eyed Monsters allows us to monitor the progress of a relationship between the actors who decide to communicate with each other in every way by talking less and whose dilemmas, hopes, fears and paranoia we can identify easily while observing the evolution of their relationship and creativity . The final result follows a line like in Tarnation, as it creates a new dialogue between documentary and fiction.

Through the official website For Eyed Monsters we can see also a series of videos on which Susan and Arin reveal not only the process of creating the film, as the vicissitudes of his debut at Slamdance Festival, by the end of their relationship which acts as a kind of conclusion of the story.)

Massa Espiral

Hummm?
Massa Espiral??

...Meio a sério, meio a brincar...
Outra linha...espiral...
Não sei bem o que vamos aqui fazer, mas certamente será alguma coisa... nem que seja isto...ou aquilo...
Cheira-me que vai envolver arte e artistas que nos envolvem...
Oh...são só envolvimentos...sugestões...

Agora a sério:
Este blog destina-se à divulgação de conteúdos, temas, trabalhos artísticos e respectivos artistas et caetera e tal...enfim, logo se vê.

(Hmmm?
Massa Espiral?

... Half serious, half joking ...
Another line ... spiral ...
I do not know what we are going to do here, but it will certainly be something ... if only this or that ... ...
I smell that will involve artists and art surrounding us ...
Oh .. involvements... suggestions ... ...

Seriously:
This blog is intended for the dissemination of content, themes, artworks and their artists et cetera and so ... well, just to see.)