" Mais cedo ou mais tarde, confrontados com a evidência diária da nossa interdependência, acabaremos por reconhecer que ninguém pode reclamar a propriedade indivisa da Terra, ou de qualquer parte dela. O mais relevante na nossa interdependência é que a «solidariedade do destino» não é uma questão de escolha. O que depende verdadeiramente da nossa escolha é decidir se esse destino comum terminará em destruição mútua ou gerará uma solidariedade de acção, sentimentos e propósitos. Independentemente dos nossos diversos credos políticos ou religiosos, muitas vezes agudamente distintos e por vezes ardentemente antagónicos, todos desejamos viver com dignidade, sem humilhações, sem medo, sem que nos seja negada a felicidade. Este é um terreno vasto e suficientemente sólido para começar a construir uma solidariedade de pensamento e acção."
in A Sociedade Sitiada (2002) - Zygmunt Bauman
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