La Jetée é um filme constituído, quase totalmente, por fotografias estáticas a preto e branco que, num cenário pós-apocalíptico, contam a “a história de um homem marcado por uma imagem de infância”. A narrativa de la Jetée é relatada por um narrador, cuja ligação aos acontecimentos nunca chegamos a esclarecer e que, para além de contextualizar os acontecimentos, nos fornece um comentário poético e filosófico acerca dos mesmos.
Após o rebentamento de uma terceira Guerra Mundial a população de Paris vê-se obrigada a viver debaixo do solo devido à elevada radiação. Com o intuito de salvar a humanidade, são feitas experiências científicas com viagens no tempo, utilizando os prisioneiros feitos durante a guerra como cobaias. Entre essas cobaias encontra-se o personagem principal que, desta forma, viaja ao passado onde conhece e se apaixona pela mulher cujo rosto o obceca desde criança.
Apesar de as imagens serem estáticas, o dispositivo cinematográfico está bastante presente, através da utilização de movimentos sobre as fotografias, de efeitos de transição entre as imagens, da conjugação entre imagem e som e, sobretudo, da utilização expressiva do ritmo de montagem que chega, por vezes, a transmitir a sensação de movimento.
Com um final circular surpreendente, La Jetée utiliza elementos da ficção científica para reflectir acerca da natureza da memória e da nossa relação com o passado.
O filme, que tem apenas 28 minutos está integralmente disponível no youtube, com legendas em inglês.
La Jetée is a film consisting almost entirely of still photographs in black and white, in a post-apocalyptic setting, it tells "the story of a man marked by an image of childhood". " La Jetée's narrative is told by a narrator, whose connection to the events we never got to clarify, that in addition to contextualize the events, provides a poetic and philosophical comment about them.
After the bursting of a third world war the population of Paris is forced to live underground due to high radiation. In order to save humanity, scientific experiments are done with time travel, using the prisoners taken during the war as guinea pigs. Among these mice is the main character that, in this way, travel into the past where he meets and falls for the woman whose face haunts him since he was a child.
Although the images are static, the cinematic device is very present, through the use of movements on the photographs, transition effects between pictures, the combination of image and sound and, above all, the expressive use of the installation rate reaching, sometimes, to convey the sensation of movement. With an amazing cyclic final, La Jetée uses elements from science fiction to reflect on the nature of memory and our relationship with the past.
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